Experimentos com Luz, Tambor e Etnomatemática | 2016

Experimento feito no Parque de Produções como parte de nossa pesquisa sobre morte, ritual de passagem, etnomatemática e lightpainting.

No livro “Geometria Sona de Angola - Matemática duma Tradição Africana”, de Paulus Gerdes, o autor tenta compreender a matemática dos desenhos na areia angolanos paralelizando-se às lutas em curso para a descolonização política e educacional.
“A tradição SONA pertence à cultura dos Cokwe e de povos relacionados como os Luchazi e Ngangela que vivem no Leste de Angola e em zonas vizinhas do noroeste Zâmbia e do Congo (Zaire). É um sistema
profundo de comunicação.”
“quando os cokwe se encontram no terreiro da aldeia ou no acampamento de caça, sentados à volta da fogueira ou à sombra de árvores frondosas, costumam passar o tempo em conversas ilustrando-as com desenhos (lusona, plural: sona) na areia. Muitos desses desenhos pertencem a uma velha tradição. Referem-se à provérbios, fábulas, jogos, adivinhas, animais, etc. e desempenham um papel importante na transmissão do
conhecimento e da sabedoria de uma geração para a seguinte."
Fotografias de Helano Stuckert
Dentre as centenas de desenhos apresentados no livro, escolhemos o lusona do MORTO, contextualizando a pesquisa feita até então pelo grupo sobre MORTE, ESPELHO, CICLO e LABIRINTO. Além disso, o percurso deste lusona caberia na área destinada à experimentação no Parque de Produções. Decidimos espelhar o desenho do morto, criando, desta forma, um lusona próprio que nos representava.
Fotografias de Helano Stuckert
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